Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
O Banco Central confirmou que cerca de 46,8 milhões de chaves Pix foram expostas em um vazamento de dados no Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), ferramenta usada para a comunicação entre o Judiciário e o sistema financeiro. O incidente comprometeu informações de aproximadamente 11 milhões de pessoas.
O problema ocorreu entre os dias 20 e 21 de julho e já foi corrigido, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pelo sistema. Após análises, as autoridades revelaram que o número de informações acessadas de forma indevida foi maior do que o inicialmente divulgado.
Entre os dados vazados estão: nome do titular, CPF, banco e agência vinculados à conta, número e tipo da conta, chave Pix, situação da chave, além das datas de criação e exclusão da chave. Apesar do volume de informações, o Banco Central e o CNJ garantem que nenhum dado sensível foi comprometido, como senhas, saldos, movimentações financeiras ou informações protegidas por sigilo bancário.
A falha aconteceu dentro do Sisbajud, ferramenta eletrônica que substituiu o antigo BacenJud e permite que juízes solicitem dados financeiros e bloqueiem ativos em casos judiciais. O sistema é operado em parceria com o BC e foi desenvolvido para agilizar o cumprimento de ordens judiciais.
Para oferecer mais segurança e transparência aos cidadãos, o CNJ anunciou que disponibilizará em breve uma plataforma oficial para que qualquer pessoa possa verificar se teve seus dados incluídos nesse vazamento. O canal será divulgado exclusivamente no site do Conselho (www.cnj.jus.br). A entidade reforçou que não fará contato individual por telefone, e-mail ou mensagens.
Embora a legislação não obrigue a comunicação desse tipo de incidente aos usuários, o Banco Central afirmou que optou pela divulgação como forma de manter a transparência sobre a segurança do sistema financeiro.
