A Justiça Eleitoral reconheceu a prática de abuso de poder político e econômico envolvendo o prefeito de Grupiara, Rogério Honorato Machado (MDB), o vice-prefeito Ismar José Leandro e o ex-prefeito Ronaldo José Machado. A decisão aponta que a estrutura da administração municipal foi utilizada de forma irregular para favorecer a campanha eleitoral do grupo político nas eleições de 2024.
De acordo com a sentença, houve aumento expressivo no número de cargos comissionados e contratações temporárias no ano eleitoral, além do uso do programa Jovem Aprendiz com finalidade política. Enquanto em 2023 apenas dois jovens participavam do programa, em 2024 esse número saltou para 23, representando crescimento superior a mil por cento. Testemunhas relataram que as contratações teriam servido como moeda de troca por apoio político e pagamento de favores eleitorais.
A Justiça também identificou casos de perseguição política, com servidores sendo beneficiados ou dispensados conforme o posicionamento em relação aos candidatos do grupo.
Como resultado, os mandatos do prefeito e do ex-prefeito políticos foram cassados. Rogério e o ex-prefeito, Ronaldo José Machado, foram declarados inelegíveis por oito anos. Agora, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) decidir sobre a convocação de novas eleições no município.
