Foto: Cemig/Divulgação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, nesta terça-feira (20), o aumento na conta de luz para mais de 9,4 milhões de unidades consumidoras atendidas pela Cemig em 780 municípios de Minas Gerais. Os novos valores passam a valer a partir do dia 28 de maio.
O reajuste médio definido pela agência é de 7,78%, afetando diretamente consumidores residenciais, industriais e do setor rural. Para clientes em alta tensão, como grandes comércios e indústrias, o aumento será de 9,45%. Consumidores em baixa tensão terão alta de 7,03%. Residências pagarão 6,86% a mais, enquanto o setor rural verá um acréscimo de 7,38% na conta de luz.
Segundo a ANEEL, os principais motivos para o reajuste são os custos com encargos setoriais, despesas na distribuição de energia e a recomposição de componentes financeiros do último ciclo tarifário.
A decisão, no entanto, recebeu críticas de parlamentares mineiros. Os deputados Weliton Prado (federal) e Elismar Prado (estadual), que fazem parte das comissões de Defesa do Consumidor no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa, classificaram o aumento como abusivo. Eles ressaltam que o reajuste não se justifica diante dos lucros obtidos pela Cemig.
Em 2024, a Cemig registrou lucro líquido de R$ 7,1 bilhões, um crescimento de mais de 23% em comparação a 2023, quando o lucro foi de R$ 5,8 bilhões. Além disso, os parlamentares destacam que a empresa ocupa a 28ª posição entre 31 concessionárias de grande porte no ranking de qualidade da ANEEL, apresentando desempenho abaixo da média nos indicadores de tempo médio de interrupções (DEC) e frequência das quedas de energia (FEC).