Gripe aviária: saiba os riscos para humanos, sintomas e como se proteger

Foto:© Arquivo/Agência Brasil

Diante da detecção de focos de gripe aviária em aves no Brasil, incluindo o primeiro caso em uma granja comercial na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, aumenta a preocupação sobre os possíveis riscos à saúde humana. Especialistas reforçam que o risco para a população em geral é baixo, mas medidas de prevenção são essenciais.

A gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, raramente é transmitida a seres humanos. Casos de infecção geralmente ocorrem em situações muito específicas, como contato direto, prolongado e sem proteção adequada com aves doentes ou mortas, seus dejetos ou secreções respiratórias — especialmente em ambientes altamente contaminados.

Quem está mais exposto ao risco?
Pessoas que trabalham diretamente com aves, como em granjas, abatedouros e serviços veterinários, estão no grupo de maior risco, principalmente se não utilizarem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados.

Desde 2003, foram registrados cerca de 900 casos humanos no mundo, com alta taxa de letalidade (cerca de 50%). Ainda assim, o número é extremamente baixo diante da grande circulação do vírus em aves. No Brasil, até o momento, não há nenhum caso confirmado em humanos.

É seguro consumir carne de frango e ovos?
Sim. O consumo de carne de aves e ovos é seguro, desde que os alimentos estejam completamente cozidos. O vírus da gripe aviária é eliminado em temperaturas superiores a 74 °C. Por isso, recomenda-se evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos — uma prática padrão para prevenção de várias doenças.

Sintomas em humanos e aves
Nos raros casos de infecção humana, os sintomas se assemelham aos de uma gripe comum: febre alta, dor de garganta, tosse, dores no corpo e, em casos graves, dificuldade para respirar.

Já nas aves, os sinais incluem morte súbita, problemas respiratórios, neurológicos, inchaços e queda na postura.

Como se prevenir?
Para o público em geral, a principal recomendação é: não tocar, alimentar ou recolher aves doentes ou mortas, sejam elas domésticas ou silvestres. Nestes casos, acione o serviço veterinário da sua região.

Já criadores e profissionais devem seguir protocolos rigorosos de biossegurança, como higienização constante, controle de acesso a áreas de criação, separação entre aves domésticas e silvestres e uso de EPIs.

O entendimento correto sobre os riscos e as formas de transmissão é fundamental para evitar alarmes desnecessários e reforçar o foco nas medidas adequadas de proteção. Manter a atenção e seguir as orientações das autoridades sanitárias é o caminho certo para garantir segurança à população.